A fase inicial da vida humana (dos 0 aos 3 anos de idade) é quando o cérebro está mais propício ao desenvolvimento de saberes e habilidades. A Neurociência denomina esse período de “janela de oportunidades” e é justamente nesse momento que a estimulação por uma educação dos sentidos se torna essencial!
Mas como isso acontece? O corpo é uma complexa rede, formada por estímulos e experiências significativas responsáveis por conexões que facilitarão vivências futuras. Por experiências significativas, tomamos algo que afete o bebê, de forma prazerosa ou não.
O contato com aspectos musicais envolve a percepção de diversas modalidades sensoriais: auditiva, visual, somatossensorial, assim como o sistema motor. Por meio das canções, das manipulações dos instrumentos, dos ritmos, da vibração do som; ocorrem diversos estímulos nos dois hemisférios cerebrais, simultaneamente.
A exposição à música nessa faixa etária permite aos bebês aperfeiçoarem o processo de atenção, formando e recuperando a memória através da distinção musical. Isso indica um período propício para aquisição de ritmo, por exemplo. E a partir da relação entre o gesto e o som, a criança – ouvindo, cantando, dançando, criando – constrói seu conhecimento sobre música.
O estímulo musical é completo, pois desenvolve a motricidade fina e ampla, dá suporte à linguagem, favorece a socialização, organiza as emoções, aumenta a concentração e insere o bebê na cultura. A música é, então, um estímulo potente capaz de socializar, comunicar e despertar a sensibilidade. Música & bebê: é ou não é uma combinação perfeita?!
Tati Pinheiro
Pedagoga, Musicoterapeuta e Especialista em Neuroeducação.